Projeto tecnocientífico
Durante o ano de 2018, foi proposto que desenvolvêssemos um projeto, o qual abordasse química ambiental. Então, realizamos um trabalho sobre: “ESTUDO E APLICAÇÃO DE BIOPLÁSTICO EM CANUDOS SUBSTITUINDO OS POLÍMEROS SINTÉTICOS”.
Oito milhões de canudos foram retirados das praias nos últimos trinta anos. Sendo assim, eles já representam 4% de todo o lixo plástico produzido no mundo e, como são feitos dos plásticos polipropileno e poliestireno, não são biodegradáveis e sua reciclagem é difícil.
Segundo a Equipe Ecycle, o tempo que um único canudo leva para se decompor na natureza é de 500 anos. Além do aspecto financeiro, essa postura ajuda a agravar o quadro de doenças e tragédia que assolam o país, devido a poluição das águas e dos ecossistemas marinhos.
No entanto, é possível desenvolver várias técnicas para produção de plástico sem utilizar o petróleo como fonte. Uma delas é o bioplástico, o qual é feito a partir de matérias-primas renováveis como resíduos agropecuários, o que torna o seu processo produtivo menos agressivo ao meio ambiente.
Sendo assim, foram realizadas atividades experimentais nos laboratórios de química de Etec Trajano Camargo, sob supervisão dos professores Gislaine Aparecida Barana Delbianco e Segio Delbianco Filho, conforme o fluxograma.
No entanto, executamos 6 formulações diferentes a partir de polímeros naturais (biopolímeros):
1° Fécula de Batata
2º Amido de Milho
3º Trigo Integral
4º Leite em meio ácido
5º Amido de batata
6º Papel reciclado
A seguir encontra-se dois gráficos baseados nos dados obtidos a partir das análises das formulações
Portanto, foi possível analisar os pontos positivos e negativos de cada formulação:
Discussão de resultados
Ao ser analisado o comportamento dos produtos confeccionados num ambiente quente e em água, concluímos que o canudo que obteve mais desempenho foi o que levava leite em sua formulação, isso porque os que são à partir de amido, ou ficaram quebradiços ou imoldáveis.
Sendo assim, nota-se que, há mais resistência na composição química dos polímeros obtidos a partir de proteínas, pois são formados pela reação de polimerização por condensação entre α-aminoácidos (α-aa - em que o grupo amina está no segundo carbono contando a partir do grupo carboxila) unidos por ligações peptídicas Isso significa que ocorre a ligação entre um grupo amino (RNH2) de uma molécula do grupo amina com o grupo carboxila (R1CO2H) de outra molécula do grupo dos ácidos carboxílicos. O resultado é a formação de um grupo amida (RNHCOR1) e a liberação de uma molécula de água. (BRASIL ESCOLA,2018)
Enquanto os de amido, são formados por dois polissacarídeos, amilose e amilopectina, que são constituídos de moléculas de α-glicose. A amilose corresponde a um polímero de cadeia normal com mais de 1000 moléculas de α-glicose unidas por meio de uma ligação α-1,4’-glicosídica e está presente na proporção de 20 a 30%. Já a amilopectina é constituída por cadeias longas e muito ramificadas de unidades de α-glicose unidas entre a ligação α-1,4’-glicosídica. A ramificação é resultado de ligações cruzadas entre o carbono número 1 de uma unidade de glicose e o carbono número 6 de outra unidade (ligação α-1,6’-glicosídica). A amilopectina corresponde aos 70 a 80% restantes do amido.
No entanto, foi muito satisfatório, ao final, adquirir vários conhecimentos a partir de um plano que também está ajudando o ambiente. Dessa maneira, sugere-se para uma continuidade deste trabalho, que sejam executados mais testes com outros tipos de materiais, como Cana-de-Açúcar, Beterraba, entres outros. E que seja estudado um melhor tipo de impermeabilizante, juntamente com seu tempo de compostagem, que são muito importantes no uso do canudo. Além disso, recomenda-se que façam outros tipos de objetos que hoje têm como base o polipropileno na sua composição.
















